quinta-feira, 23 de junho de 2022

Acordei pela manhã enquanto tomava o café na sacada do apartamento, apreciando avista da cidade de Goiânia. Me recordei de uma história que ouvi há muitos anos de um autor desconhecido, chamada “corta a corda”. Conta-se que havia um alpinista que estava fazendo uma escalada sozinho numa montanha, a mais alta de todas que já havia escalado até aquele momento da sua vida. De repente ele foi surpreendido por uma nevasca muito forte e ele caiu, mas a corda o segurou e ele se viu pendurado em meio a uma nevasca que tirava toda a sua visibilidade. O vento e a neve o balançavam e não enxergava nem um metro ao seu redor.Pendurado no meio do nada, naquela elevada altitude que já havia subido, balançando ao vento naquele frio insuportável. Com as mãos, numa tentativa desesperada de alcançar algo, tocou em seu canivete que trazia na cintura. Empunhando um canivete e sem saída, tinha apenas duas alternativas: *cortar a corda* ou morrer congelado sozinho no meio do nada. . .Passado alguns dias, uma equipe de resgate sobe a montanha em busca do alpinista desaparecido. Depara-se, no alto da montanha com ele morto, congelado e pendurado numa corda. Abaixo dele há pouco mais de 2 metros havia uma base larga de rocha que o apoiaria e salvava sua vida caso ele tivesse “cortado a corda”.Na vida em algumas situações precisamos cortar a corda e, por mais que não vemos saída, a solução pode estar justamente nesse ato. Essa medida equivale a entregar para o universo e parar de se desgastar, empenhando tanta energia em resistir e manter algo que se torna insustentável.Essa medida pode ser considerada “não ação” e em alguns momentos representa uma sábia decisão. Para isso precisamos nos desapegar. Só o desprendimento daquilo que está causando tanto sofrimento pode ser a sua libertação.Valcapelli.

Nenhum comentário:

Postar um comentário